Reforma Tributária preocupa mercado literário

Texto e foto: Daniella Mendes 18/SET/2020 Economia
O Projeto de Lei (PL) 3.887/2020 propõe o fim da isenção da cobrança do imposto de 12% em livros. A proposta foi entregue no final de julho pelo Ministério da Economia e une o Programa de Integração Social (PIS) com a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), formando a Contribuição de Bens e Serviços (CBS).

Diante de uma crise financeira e da realidade educacional em que a média de livros consumida pelo brasileiro é de dois livros por ano, o mercado literário enxerga a PL como uma ameaça. Internautas do Brasil levantaram a hashtag #defendaolivro nas redes sociais e criaram uma petição para que outras pessoas se posicionassem contra a taxação de impostos sobre os livros.

Com o aumento do valor dos livros, todo o mercado editorial – escritores, tradutores, revisores, gráficas, lojas físicas – poderia sair prejudicado, já que o preço de um livro pode alterar na decisão de compra dos consumidores. Como a cobrança de impostos atingiria em "cascata" cada etapa da produção, o aumento final poderia ficar em 20%, deixando o livro ainda mais inacessível para um povo que já não o consome com frequência.