O início de tudo: como nasceu o subúrbio carioca

Texto: Anderson Gabino • Foto: Leandro Rocha, para Wikimedia Commons 18/OUT/19 Grande Méier
A ocupação da Região Grande Méier começou quando Estácio de Sá doou aos jesuítas a extensa Sesmaria de Iguaçu. Esta sesmaria englobava uma vasta extensão de terras que incluía os atuais bairros do Grande Méier e de outras regiões, como Catumbi, Tijuca, Benfica e São Cristóvão. Os jesuítas utilizavam grande número de escravos em seus empreendimentos, o que impulsionou a ocupação territorial e a expansão demográfica da área.

A construção, em 1720, da capela dedicada a São Miguel e Nossa Senhora da Conceição, no Engenho Novo, impulsionou o crescimento da área que ia deste local e de Benfica até o atual bairro Engenho de Dentro. Em 1759, quando o Marquês de Pombal expulsou os jesuítas, as terras passaram às mãos de Manuel Gomes, Manuel da Silva e Manuel Teixeira.

Em 1783, foi criada a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Engenho Novo. Pode-se dizer que os subúrbios cariocas nasceram no Engenho Novo, pois foi a partir daí que o progresso se acentuou. Dois outros bairros tiveram também grande importância para o crescimento da região: Engenho de Dentro e São Francisco Xavier.

Do século XVIII até o Segundo Império, a região adensou-se gradativamente, tendo sido ocupada por chácaras e sítios. O comércio foi se desenvolvendo no entorno dos antigos engenhos, capelas foram implantadas e núcleos suburbanos surgiram com mais intensidade.